Alda Garrido & Anselmo Domingos in 1947 for 'Cena Muda'
Anselmo Domingos
nasceu escritor
Recordando Placido Ferreira, a quem deve muito – um programa
especializado que fez sucesso - Questão
complicada do nascimento do radio-teatro religioso – Não fará mais ‘teatro para
rir’ – uma tentativa cinematográfica – Uma novidade para finalizar
Anselmo Domingos nasceu com a pinta de escritor. Garoto de
calças-curtas, com ligeiros conhecimento do alfabeto, quando não rabiscava as
paredes da sua casa, enchia de autênticos hieroglifos os muros vizinhos. Afirmava estar ‘escrevendo’ histórias, embora
os ‘leitores’ não conseguissem decifrar a escrita... Mas o menino da Praça Onze
foi crescendo, sem contudo ser contaminado pelo virus do samba. E, quando menos
se esperava, eis que seu nome é pronunicado ao microfone da Radio Ipanema, como
responsável por um jornal humorístico do programa ‘Horas Portuguesas’ então
dirigido pelo saudoso Genaro Souza.
Nesse primeiro contato com o radio, Anselmo Domingos foi
razoavelmente sucedido. Ele sabia que aquele jornal humorístico era apenas a ‘porta
aberta’ para as outras coisas que desejava escrever. Deixemo-lo contar o que o
levou a escrever para o microfone.
- A natural vocação que sempre tive para escrever. O
primeiro trabalho foi ‘Pelo amor de Deus’, feito em parceria com um amigo
Walter Vigio. Levei a peça ao Placido Ferreira e ele, além representá-la com
todo o esmero no ‘Teatro pelos ares’, da Mayrink Veiga, animou-me e
aconselhou-me bastante. O pranteado Placido foi um dos raríssimos alentos que
encontrei no início de minha carreira. Devo-lhe muito e dele jamais me
esquecerei.
Nesse mesmo periodo, entusiasmado com a evolução do ‘broadcasting’
carioca e desejoso de aproveitá-lo para difundir as coisas da ribalta, o
popular novelista das ‘Associadas’ lançava na Radio Transmissora, o programa ‘Boca de cena’, focalizando todos os
assuntos relacionados com a arte de (François-Joseph) Talma. Vultos
proeminentes do teatro, escritores, criticos e artistas desfilaram através
dêsse cartaz que, por motivo de economia, deixou de ser irradiado.
Já então, pertencia Anselmo ao quadro de redatores de ‘Cine-Radio-Jornal’,
onde, além de assinar movimentadas reportagens, escrevia interessante secção
teatral. Colaborava ainda, num vespertino carioca, escrevendo humorismo. Era a
inapelável vocação para escrever.
Anselmo lê em forma de livro 'Terezinha de Jesus', sua mais popular novela radiofônica:
Anselmo Domingos, no momento - Novembro 1947 – responde pelas novelas do ‘Teatro
Religioso’ da Radio Tamoyo e pelo programa ‘Semana em revista’ da Radio Tupi.
Exclusivo das Emissoras Associadas, seu contrato é na base de ordenado mensal.
Por isso não há uma produção melhor paga do que outra. Contudo, a novela ‘Terezinha
de Jesus’, por já estar editada em livro, deu-lhe mais proventos que as outras.
Teatro-religioso, assunto complicado
Progredindo sempre, Anselmo Domingos chegou à direção
artística da Radio Tamoyo. Isto depois de escrever aproximadamente umas 50 peças para o microfone. Também idealizou e apresentou várias dezenas
de programas, inclusive o ouvidíssimo ‘Club dos fans’. À frente da parte
artística da PRB-7, onde substituiu Fernando Lôbo, sua atividade foi das mais
intensas e proveitosas. Aliás, na sua gestão é que nasceu o ‘Teatro Religioso’.
Mais uma vez cedamos a palavra ao novelista para explicar o nascimento dêsse
cartaz , embora ele afirme ser...
- ‘... uma questão complicada. Só eu conheço vários ‘padrinhos’
da ideia, entre os quais os meus amigos Santos Garcia, Atila Nunes, Romulo
Gomes, Julio Louzada e Nicolau Tuma. Ao certo, não sei quem teve a ideia
primeiro. Eu estava então na direção artística da Tamoyo e resolvi lançar o
teatro escrevendo inicialmente a novela sobre a vida de Santa Terezinha do
Menino Jesus, patrocinada pelos Laboratórios da Hepatina, da qual é diretor o meu
amigo Mario Andrade Braga. Dado o sucesso da audição, o patrocinador continuou,
a estação manteve o teatro e eu prossegui escrevendo as novelas.
Anselmo Domingos, ao contrário da maioria de escritores, não
teve preferencia por esta ou aquela peça, embora já tenha escrito 30 novelas,
50 peças e inúmeros ‘sketches’. Aliás, ele tem o habito de não ouvir nem reler
os trabalhos feitos para o radio. Tem uma certa simpatia pela novela ‘Jerusalem’ que, registrou grande êxito,
apesar dele atribuir à interpretação dos artistas e à direção de Olavo de
Barros. Essa novela, como é do conhecimento dos ouvintes da Tamoyo, encerra a
história de Jesus de Nazareth.
Começou no teatro de amadores
O micróbio teatral estava no sangue de nosso focalizado. A
prática do teatro de amadores onde ele foi intérprete, ensaiador e autor,
valeu-lhe muito. Por isso, hoje, não confunde estúdio com palco e distingue
perfeitamente as duas técnicas. Dêsse modo não lhe foi dificil ingressar no
profissionalismo, como teatrólogo. Genésio Arruda, Darcy Cazarré, Procópio
Ferreira e Alda Garrido receberam-no com a melhor boa vontade.
Anselmo Domingos tem uma boa estrêla. Com Genésio Arruda tem
uma peça ‘Genésio detetive’, que faz sucesso de gargalhadas em tôdas as praças
onde o popular cômico chega. Com a Companhia Cazarré, a peça ‘Cem gramas de
homem’ já lhe deu um automóvel... Com Procópio Ferreira tem ‘Adão e Eva’, uma
sátira já montada em São Paulo e Rio Grande do Sul, com referências apreciáveis
da crítica. Com Alda Garrido possui ‘Rosa das sete salas’, que já fez duzentas
representações e agora ‘Maria da Fé’, uma peça diferente de tudo quanto ele escreveu
para o palco.
Fato curioso. O autor de ‘Terezinha de Jesus’, escreve
novelas religiosas e temas sérios para o microfone, enquanto no teatro faz
peças engraçadas. Agora, porém, ele afirma que deixará o ‘teatro para rir’,
dedicando-se aos assuntos mais substanciosos. Essa ‘Maria da Fé’ que preparou
para Alda Garrido é a transição. Tem outros temas em desenvolvimento, um para
Jayme Costa, outro para Henriette Marineau e vários para Alda.
A propósito da noticia de que escreveria um argumento para o
cinema brasileiro, Anselmo declarou-nos que...
- Há tempo, o Watson Macedo pediu-me um enrêdo para um filme
que dirigiria na Atlântida, mas não chegamos a um acôrdo. De outra feita vieram
procurar-me para que fizesse um argumento inspirado numa das minhas novelas
relilgiosas, mas até agora o assunto ainda não foi encerrado, dependendo de vários
detalhes. Por sua vez, Alda Garrido tem vontade de filmar ‘Maria da Fé’, por
achar o tema bastante cinematográfico, mas também o caso depende de cirscunstâncias
que estãos sendo analizadas pela querida atriz.
Como fêcho desta reportagem em torno à carreira do ‘radio-wirter’
e teatróloto, Anselmo Domingos, uma novidade. Novidade que o próprio escritor
faz questão de dizer. Ei-la:
- Tenho uma notícia nova. É o meu livro ‘Histórias do Menino
Jesus’, escrito especialmente para as crianças e que acaba de ser lançado nas
livrarias pela Norte-Editora. Muitos livros há sobre Jesus e sua vida pública,
aos 33 anos de idade. Inspirando-me, portém, nas Sagradas Escrituras, consegui
escrever algumas histórias sobre a sua infância. O livro ai está, dedicado às
crianças do Brasil.
'A Cena Muda' de 9 Dezembro 1947
reportagem de Armando Migueis
fotografias de A. Vieira
'A Cena Muda' de 9 Dezembro 1947
reportagem de Armando Migueis
fotografias de A. Vieira
Anselmo Domingos na revista 'Carioca' de 8 Dezembro 1949.
Anselmo Domingos é um dos bons novelistas de que dispõe o nosso radio. Autor de várias novelas religiosas de sucesso, não abusa do sensacionalismo, e consegue assim dar às suas produções um cunho agradável, sem capítulos tragicômicos ou berreiros coletivos. Escritor elegante e honesto, Anselmo possui hoje um dos maiores públicos entre os ouvintes do radio-teatro.
Nasceu em 17 Abril 1917, no Rio de Janeiro-DF e até hoje - 1949 - já escreveu cerca de 50 novelas, entre elas 'Terezinha de Jesus', 'Jerusalém', '' Confissões de Santo Agostinho', 'Anjo ou demônio?', 'Pecado de mãe'.
Prefere escrever pela manhã, à máquina, e raramente ouve irradiações de trabalhos seus, embora sejam eles dos mais difundidos. Está atualmente na Radio Tamoyo, e dirige uma revista de assuntos radiofônicos, a famosa 'Revista do Rádio'.
leia mais sobre a RR: http://hemerotecadigital.bn.br/artigos/revista-do-r%C3%A1dio
Anselmo Domingos foi o criador e editor da Revista do Rádio. Anselmo começou a carreira escrevendo peças de teatro, como 'Rosa das sete saias' e 'Adão e Eva'. De 1947 até inícios dos anos 50, dedicou-se às novelas de cunho religioso para rádio. Além de escritor, Anselmo também era radialista e ganhou destaque no meio jornalístico pela atuação como editor e diretor artístico da Rádio Educadora, depois chamada de Tamoio. Entretanto, seu grande projeto profissional era ter sua própria revista para falar com mais abrangência de assuntos do rádio brasileiro.
A 'Revista do Rádio' refletia a personalidade de Anselmo Domingos, um católico extremado (congregado mariano), homossexual (assumido e discreto), com grande visão comercial e de uma generosidade pessoal que chegava a beirar o irresponsável. Em 1947, ele percebeu a ausência no mercado de uma revista que desse maior cobertura ao radio - já que 'Carioca' e 'Noite Ilustrada' preferiam falar de cinema - e com um capital que lhe foi adiantado por China, famoso banqueiro do jogo-do-bicho do bairro da Saúde, partiu para a criação de seu mini império. Sua redação sempre funcionou em prédios próprios, a gráfica era dele também, e ele soube diversificar a produção fazendo revistas religiosas e para a enorme e rica colônia portuguesa no Rio.
O casamento de um artista esgotava a tiragem da Revista do Rádio e exigia reedições. Um desquite, desde que consumado, idem - a revista conseguiu manter uma atitude olímpica até diante do tremendo escândalo que envolveu a separação de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins em 1952. Enquanto o 'Diário da Noite' abria manchetes diárias contra Dalva (em sórdidos artigos de David Nasser, assinados por Herivelto), a Revista do Rádio, sempre ao lado de Dalva, conseguia não ser ofensiva contra seu ex-marido, compositor e homem influente da Radio Nacional.
Faour não conta, mas, em 1959, sob o impulso da conquista pelo Brasil da Copa do Mundo na Suécia, Domingos criou também a ótima Revista do Esporte, na mesma linha da do rádio, e destacando, inclusive, a Candinha.
À prosperidade da Revista do Rádio, seguiu-se a súbita derrocada, e não porque outras publicações, como a Radiolândia, mais bem impressas ou escritas, ameaçassem a sua primazia - quando se tratava de lidar com artistas, ninguém tinha o know-how de Anselmo Domingos. O próprio Anselmo cavou seu buraco ao envolver-se com drogas (cocaína, éter) e sofrer as consequências inevitáveis da dependência: desorganização profissional, problemas financeiro, ruína pessoal. Mesmo os maiores amigos de Anselmo, como os cantores Jorge Goulart e Nora Ney, foram tomados de surpresa pela sua nova e trágica personalidade. E, ao deixar os negócios em mãos de associados, sua revista declinou de estalo, arrastando tudo: as outras publicações da empresa, o parque gráfico, as instalações suntuosas.
Para Faour, Anselmo pode ter sido levado às drogas por não suportar a contradição entre sua fé religiosa e o homossexualismo. Mas, nem tudo Freud explica, e, para mim, Anselmo envolveu-se com drogas apenas porque teve a oportunidade para isto. Ao morrer, alguns anos depois da Revista do Rádio, já perdera tudo: os Cadillacs, as propriedades, a saúde e os amigos, alguns dos quais sustentara ou a quem dera presentes apaixonados.
Parte de artigo escrito por Ruy Castro para o jornal O Estado de S.Paulo de 16 Novembro 2002; resenha sobre livro 'Revista do Radio' de Rodrigo Faour, edição da Relume-Dumará/Rio Artes, coleção Arenas do Rio.
Anselmo Domingos chegou a trabalhar como colunista da revista 'Amiga', de propriedade dos irmãos Bloch, em 1973. Não se sabe muito sobre seus ultimos dias, mas Anselmo faleceu em 31 de janeiro de 1975, sendo enterrado em 2 fevereiro 1975.
Se Anselmo Domingos demonstrou ser um apreciador da Era do Rádio, da mesma forma revelou sua paixão pelo esporte. O grande desempenho da seleção brasileira na copa da Suécia estimulou Domingos a criar, em 1959, uma publicação que seguisse a mesma linha de sua bem sucedida Revista do Rádio.
A Revista do Esporte era uma nova publicação que trazia algumas semelhanças quanto à linha editorial utilizada pela sua antecessora. Entre elas, por exemplo, a adaptação do sucesso “Mexericos da Candinha” que ganhou o nome de “Candinha no Esporte”. Entre as seções habituais oferecidas por ela, figuravam as do “Apito Final”, “Flagrantes” e “Uma Volta pelo Mundo”.
A revista que circulou até o início dos anos 1970 demonstrou, sua preferência em focar as personalidades de maior evidência no campeonato brasileiro de futebol. Seus leitores, além de encontrarem informações técnicas sobre a condição dos estádios e a ficha completa da escalação dos times, também podiam ler sobre a vida pessoal dos jogadores fora de campo.
leia mais sobre a RR: http://hemerotecadigital.bn.br/artigos/revista-do-r%C3%A1dio
1o. número da Revista do Rádio - Fevereiro 1948; Página editorial lembra a 1a. capa da Revista do Rádio em 2 Março 1963 - 15 anos e 702 números depois.
Ruy Castro fala sobre Anselmo Domingos
A 'Revista do Rádio' refletia a personalidade de Anselmo Domingos, um católico extremado (congregado mariano), homossexual (assumido e discreto), com grande visão comercial e de uma generosidade pessoal que chegava a beirar o irresponsável. Em 1947, ele percebeu a ausência no mercado de uma revista que desse maior cobertura ao radio - já que 'Carioca' e 'Noite Ilustrada' preferiam falar de cinema - e com um capital que lhe foi adiantado por China, famoso banqueiro do jogo-do-bicho do bairro da Saúde, partiu para a criação de seu mini império. Sua redação sempre funcionou em prédios próprios, a gráfica era dele também, e ele soube diversificar a produção fazendo revistas religiosas e para a enorme e rica colônia portuguesa no Rio.
O casamento de um artista esgotava a tiragem da Revista do Rádio e exigia reedições. Um desquite, desde que consumado, idem - a revista conseguiu manter uma atitude olímpica até diante do tremendo escândalo que envolveu a separação de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins em 1952. Enquanto o 'Diário da Noite' abria manchetes diárias contra Dalva (em sórdidos artigos de David Nasser, assinados por Herivelto), a Revista do Rádio, sempre ao lado de Dalva, conseguia não ser ofensiva contra seu ex-marido, compositor e homem influente da Radio Nacional.
Faour não conta, mas, em 1959, sob o impulso da conquista pelo Brasil da Copa do Mundo na Suécia, Domingos criou também a ótima Revista do Esporte, na mesma linha da do rádio, e destacando, inclusive, a Candinha.
À prosperidade da Revista do Rádio, seguiu-se a súbita derrocada, e não porque outras publicações, como a Radiolândia, mais bem impressas ou escritas, ameaçassem a sua primazia - quando se tratava de lidar com artistas, ninguém tinha o know-how de Anselmo Domingos. O próprio Anselmo cavou seu buraco ao envolver-se com drogas (cocaína, éter) e sofrer as consequências inevitáveis da dependência: desorganização profissional, problemas financeiro, ruína pessoal. Mesmo os maiores amigos de Anselmo, como os cantores Jorge Goulart e Nora Ney, foram tomados de surpresa pela sua nova e trágica personalidade. E, ao deixar os negócios em mãos de associados, sua revista declinou de estalo, arrastando tudo: as outras publicações da empresa, o parque gráfico, as instalações suntuosas.
Para Faour, Anselmo pode ter sido levado às drogas por não suportar a contradição entre sua fé religiosa e o homossexualismo. Mas, nem tudo Freud explica, e, para mim, Anselmo envolveu-se com drogas apenas porque teve a oportunidade para isto. Ao morrer, alguns anos depois da Revista do Rádio, já perdera tudo: os Cadillacs, as propriedades, a saúde e os amigos, alguns dos quais sustentara ou a quem dera presentes apaixonados.
Parte de artigo escrito por Ruy Castro para o jornal O Estado de S.Paulo de 16 Novembro 2002; resenha sobre livro 'Revista do Radio' de Rodrigo Faour, edição da Relume-Dumará/Rio Artes, coleção Arenas do Rio.
Anselmo Domingos chegou a trabalhar como colunista da revista 'Amiga', de propriedade dos irmãos Bloch, em 1973. Não se sabe muito sobre seus ultimos dias, mas Anselmo faleceu em 31 de janeiro de 1975, sendo enterrado em 2 fevereiro 1975.
Anselmo Domingos, Manezinho Araújo e Ilka Nora, secretária de Anselmo.
Pelé na capa do 1o. número da 'Revista do Esporte' - 14 Março 1959.
Se Anselmo Domingos demonstrou ser um apreciador da Era do Rádio, da mesma forma revelou sua paixão pelo esporte. O grande desempenho da seleção brasileira na copa da Suécia estimulou Domingos a criar, em 1959, uma publicação que seguisse a mesma linha de sua bem sucedida Revista do Rádio.
A Revista do Esporte era uma nova publicação que trazia algumas semelhanças quanto à linha editorial utilizada pela sua antecessora. Entre elas, por exemplo, a adaptação do sucesso “Mexericos da Candinha” que ganhou o nome de “Candinha no Esporte”. Entre as seções habituais oferecidas por ela, figuravam as do “Apito Final”, “Flagrantes” e “Uma Volta pelo Mundo”.
A revista que circulou até o início dos anos 1970 demonstrou, sua preferência em focar as personalidades de maior evidência no campeonato brasileiro de futebol. Seus leitores, além de encontrarem informações técnicas sobre a condição dos estádios e a ficha completa da escalação dos times, também podiam ler sobre a vida pessoal dos jogadores fora de campo.
'Vamos Cantar' 1956 - Maysa, Cauby Peixoto, Francisco Carlos & Ângela Maria; 'Vamos Cantar' 1959 - Ângela Maria, Celly Campello & Elvis Presley.
9 Janeiro 1960 - no. 538 - RR relembra 1959; morte de Dolores Duran.
30 Abril 1960; no. 554; Anselmo Domingos tenta explicar a natureza do Sucesso!
RR 14 Maio 1960; no. 556; Anselmo explica o que é Video Tape.
RR 4 Junho 1960; no. 559; mais explicações sobre o que é Video-Tape.
RR 25 Junho 1960; no. 562; candidatos à Presidência da República: Lott, Jânio e Ademar. Anselmo doesn't let on who he chose as his candidate.
RR 24 Setembro 1960; no. 575; Anselmo defende a dublagem de 'enlatados' na TV.
Mário Júlio, chefe da redação de RR em São Paulo entrega medalhas de ouro a Pedro Luiz e Mário Moraes, ambos da Radio Bandeirantes. RR 31 Dezembro 1960.
RR 31 Dezembro 1960; no. 589; Anselmo diz que a Radio Nacional teria que ter concessão de TV.
Seção 'São Paulo não pode parar' de Mário Julio começa na Revista do Rádio.
RR 22 Julho 1961; no. 618; pesquisa de mercado sobre revistas populares.
9 Setembro 1961; no. 625; preço da Revista do Radio aumenta.
RR 14 Outubro 1961; no. 630; a Radio Nacional é uma obsessão de Anselmo Domingos.
Mário Júlio publica os endereços das 5 emissoras de TV de São Paulo - 14 Julho 1962.
RR 14 Julho 1962; no. 669; Anselmo Domingos goes to Chile for the 1962 Football World Cup.
RR 21 Julho 1962; no. 670; explicações gerais sobre a infra-estrutura de comunicação durante a Copa do Mundo de 1962 no Chile.
RR 22 Setembro 1962; no. 679; a inflação aperta e a RR sobe de preço.
RR 17 Novembro 1962; no. 687; Anselmo Domingos goes to Portugal.
RR 12 Janeiro 1963; no. 695; a inflação infla... e a RR sobe mais uma vez.
RR 18 Maio 1963; no. 713; o dollar sobe e é assunto editorial da Revista do Rádio.
# 762 Consuelo Leandro & Chocolate; # 860 - Elis Regina.
Linda Baptista comanda o auditório da Radio Record de São Paulo.
Ary Barroso no Cassino da Urca em 1943, ladeado por Herivelto Martins, Linda Baptista, Dalva de Oliveira, Grande Othelo e outras.Linda Baptista comanda o auditório da Radio Record de São Paulo.
9 Janeiro 1960 - no. 538 - RR relembra 1959; morte de Dolores Duran.
RR 14 Maio 1960; no. 556; Anselmo explica o que é Video Tape.
RR 4 Junho 1960; no. 559; mais explicações sobre o que é Video-Tape.
RR 25 Junho 1960; no. 562; candidatos à Presidência da República: Lott, Jânio e Ademar. Anselmo doesn't let on who he chose as his candidate.
RR 7 July 1960 - Anselmo Domingos, Borelli Filho & friends were really conservative minded. They were chauvinist and narrow-minded. As everyone knows Bossa Nova was a new-sound, a new way of writing popular Brazilian music that was utterly new. Antonio Carlos Jobim, Carlos Lyra and other musicians worked with new harmonic structures which took it close to the American jazz but with a beat that was typically Brazilian making it altogher new.
Anselmo & friends denied there was something 'new' in Bossa Nova. They claimed Bossa Nova had always existed - since the olden days of Noël Rosa, Lamartine Babo & Marilia Baptista only making it clear to everyone their lack of true knowledge and coarseness. Reading this editorial in the 21st century only makes one laughs of their ineptitude and uncouthness.
RR 20 Agosto 1960; no. 570; Anselmo Domingos goes to New York.RR 24 Setembro 1960; no. 575; Anselmo defende a dublagem de 'enlatados' na TV.
Mário Júlio, chefe da redação de RR em São Paulo entrega medalhas de ouro a Pedro Luiz e Mário Moraes, ambos da Radio Bandeirantes. RR 31 Dezembro 1960.
RR 31 Dezembro 1960; no. 589; Anselmo diz que a Radio Nacional teria que ter concessão de TV.
Seção 'São Paulo não pode parar' de Mário Julio começa na Revista do Rádio.
RR 22 Julho 1961; no. 618; pesquisa de mercado sobre revistas populares.
9 Setembro 1961; no. 625; preço da Revista do Radio aumenta.
RR 14 Outubro 1961; no. 630; a Radio Nacional é uma obsessão de Anselmo Domingos.
Mário Júlio publica os endereços das 5 emissoras de TV de São Paulo - 14 Julho 1962.
RR 14 Julho 1962; no. 669; Anselmo Domingos goes to Chile for the 1962 Football World Cup.
RR 21 Julho 1962; no. 670; explicações gerais sobre a infra-estrutura de comunicação durante a Copa do Mundo de 1962 no Chile.
RR 22 Setembro 1962; no. 679; a inflação aperta e a RR sobe de preço.
RR 17 Novembro 1962; no. 687; Anselmo Domingos goes to Portugal.
RR 12 Janeiro 1963; no. 695; a inflação infla... e a RR sobe mais uma vez.
RR 18 Maio 1963; no. 713; o dollar sobe e é assunto editorial da Revista do Rádio.
RR 27 Julho 1963. O debate político se acirrava no País. João Calmon, do grupo das Emissoras Associadas, representando a Direita, ataca Leonel Brizola da 'Nova Esquerda'. Tudo isso se tornaria 'ponto morto' depois do Golpe de 1o. de Abril de 1964. O País se tornaria um grande túmulo da Liberdade de Expressão.
RR 11 Janeiro 1964. O radialista do ano é Miguel Leuzzi Junior, da Rede Piratininga que possuía mais de 40 emissoras pelo País. Note que Leuzzi era identificado com o PSD - Partido Social Democratio, que era parte da Coligação que sustentara os governos Getulio Vargas, Juscelino Kubitschek e agora o Presidente João Goulart que seria derrubado por um golpe militar em 1o. de Abril de 1964.
RR 7 Março 1964; musicas especialmente compostas para o Carnaval estavam escasseando. 1964 foi, talvez, o último ano que houve mais de 1 sucesso carnavalesco; 'Cabeleira do Zezé', cantada por Jorge Goulart, fazendo chacota do novo estilo de pentear dos 'cabeludos' e 'Bigorrilho' com Jorge Veiga que foi 'musica de meio-de-ano' também.
RR 20 Junho 1964; Anselmo explica como a Musica Italiana moderna tomou de assalto o Brasil. Muito boa análise, principalmente depois de passados tantas décadas. Anselmo acertou em vários pontos, mas, infelizmente errou quando apostou que a musica norte-americana teria 'acabado'. Ela voltou, com mais ímpeto ainda a partir de 1968, ajudada pela Ditadura Militar que se alinhou à política dos EEUU em todo e qualquer ramo de atividade, seja militar ou artística.
RR 20 Junho 1964; Anselmo explica como a Musica Italiana moderna tomou de assalto o Brasil. Muito boa análise, principalmente depois de passados tantas décadas. Anselmo acertou em vários pontos, mas, infelizmente errou quando apostou que a musica norte-americana teria 'acabado'. Ela voltou, com mais ímpeto ainda a partir de 1968, ajudada pela Ditadura Militar que se alinhou à política dos EEUU em todo e qualquer ramo de atividade, seja militar ou artística.
Italianas - A época é decididamente das músicas italianas. Que tomaram conta do mercado e, consequentemente, tem o melhor quinhão na programação das nossas emissoras. E a que se deve essa influência avassaladora? Certamente a própria tonalidade das músicas italianas, que são alegres, românticas, engraçadas, tristes, mas, antes de tudo, agradáveis. Feitas com espírito e bom gosto. E para sua difusão tem colaborado os festivais de músicas que anualmente são realizados na Itália, além do próprio cinema peninsular, que hoje é um dos mais sérios rivais do cinema norte-americano no Brasil. Tudo isso ajuda a Itália a difundir sua música no exterior e criar ídolos.
Porque a verdade é que em pouco tempo a Itália fabricou uma porção de ídolos que ameaçam a posição de muito figurão solidamente instalado na preferência dos fãs. Aí estão Rita Pavone, Peppino di Capri, Emilio Pericoli, Sergio Endrigo, Nico Fidenco, Domenico Modugno e tantos outros, uns com mais prestígio, outros aflorando decididamente para o sucesso consagrador. A grande vitóra da musica italiana está no fato de ter conquistado a preferência do grande público sem que para isso tenha sido feito um trabalho de monta, uma campanha de envergadura para o lançamento de produções, como sabem fazer os norte-americanos.
Enquanto as músicas italianas vão em escala ascendente, nota-se que o prestígio da música norte-americana junto à massa já não é o mesmo de antigamente. Cartazes como Paul Anka e Elvis Presley habituados a estarem na crista do sucesso já não alcançam o êxito de antes. E Ricky Nelson, cantor que despontou como fadado a ter bela carreira desapareceu como por encanto, enquanto não se ouve falar mais de Pat Boone, efetivamente um bom cantor. Por outro lado, no Brasil, o público de Frank Sinatra se reduz, com o passar do tempo, a um grupo de puristas. A hora, devemos reconhecer, é da música italiana. E o será por muito tempo enquanto os outros gêneros musicais continuarem a perder terreno. Anselmo Domingos.
RR 10 Outubro 1964 - sendo descendente de portugueses, Anselmo era ligado à comunidade no Rio.
RR 10 Abril 1965; Anselmo mostra o ataque da Ditadura contra a TV Excelsior do Rio de Janeiro. O ataque continuaria até o desaparecimento daquela que foi a emissora que revolucionou a TV brasileira.
RR 5 Setembro 1965; Anselmo esculhamba com a tournee dos American Beetles, imitadores dos ingleses de Liverpool.
Precisou a internet chegar, para sabermos certas verdades, escondidas pela grande imprena. o homosexualismo de Anselmo Domingo, bem como declaraçõess em livro que o famoso Pelé se dopava, claro non tinha antidoping nunca se poderia provar.
ReplyDeleteA filha da cantora Nora Nei foi Miss Guanabara 1963 Vera Lucia Maia.
ReplyDeleteEla foi capa, com a mãe, da RR número 221
Obrigado pelo comentário. Vera Lúcia Maia participou do concurso de Miss World, em Londres naquele ano.
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