Thursday, August 9, 2012

WALTER PINTO & the burlesque 1950 / King Momus


Walter Pinto in the 1940s; in the back cover of magazine Carioca - 13 July 1946.
Walter Pinto trabalha das 3 da tarde até as 2 da manhã e entende um pouco de tudo.
reportagem da revista Carioca de 28 Agosto 1950 mostra Walter Pinto em ação na sala das costureiras, experimentando a máscara do número 'Espantalhos'...

Em 1950, comemora-se 25 anos de existência do Teatro Recreio nas mãos da familia Pinto

De 1925 a 1938, com Manuel Pinto, pai de Walter. Em 1939, Alvaro Pinto passou a tomar conta do negócio com a morte do pai. Walter, formado em contabilidade, trabalhava em publicidade e nada o ligava ao meio teatral, a não ser ligeiras visitas que fazia ao Recreio, sempre com olhos voltadso para as pequenas bonitas. 

Alvaro Pinto chamou seu irmão Walter para auxiliá-lo na parte administrativa e foi aí que começou a conhecer teatro estando às voltas com contas de costureiras, publicidade, cenários, marceneiros, carpinteiros, coristas etc. Em 1940, Alvaro morreu tragicamente num desastre de avião em São Paulo, onde a companhia se apresentava com a peça 'Música, Maestro'. Walter, com 27 anos resolveu tomar a direção geral da empresa que estava endividada em fim de temporada.

Em 30 de Dezembro de 1940, montou sua primeira peça, 'Disso é que eu gosto' com Aracy Côrtes e Oscarito. Para montar essa peça, Walter lutou com a falta de capital, pois o inventário do pai, complicado pcom a morte do irmão, não terminara. Quem o socorreu foi João de Oliveira, dono do antigo Teatro República e o Banco Novo Mundo

No início, Walter montava, em média, 6 peças por ano. Sentiu, no entanto, que não era o número de peças que faria sucesso e traria o dinheiro, mas sua qualidade. Walter investiu no padrão das revistas, ampliando o corpo de 'girls', aumentando o elenco etc. À medida que o número de peças diminuiu, a permanência em cartaz se dilatdou. Tanto que em 1948 e 1949, Walter produziu apenas 'Trem da Central' e 'Está com tudo e não está prosa' respectivamente.

Em 1950 apresenta apenas. Walter diz: 'Quero chegar ao ponto de fazer uma revista permancer 8 mêses em cartaz. O Rio é uma das melhores praças do mundo para teatro'.
Walter Pinto e Freire Junior se reconciliaram. Os Pintos já encenaram cerca de 60 revistas do veterano teatrólogo; reportagem e fotos de Ney Machado para revista 'Carioca', 28 Agosto 1950. 
Theatro Recreio Dramático comportava 2.800 lugares.
'Música, Maestro'.
'Botando p'ra jambrar'.
1959.
'Eu quero sassaricá'.
Walter Pinto e elenco de 'É xique-xique  no pixoxó' em 1960.
Walter Pinto começou a levar seus monumentais shows p'ra São Paulo apenas no final dos anos 1950s - aqui sua mulher Iris Bruzzi é a estrêla em 'O diabo que a carregue... lá p'ra casa' no Teatro Paramount; Estadão, 29 October 1961.
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29 October 1961.
15 January 1960 - at Teatro Natal, Anilza Leoni in 'Tem nheco nheco na lua'; another non-sense word 'nheco-nheco' probably means the sexual intercourse by the repetition of words.
11 March 1960 - great musical revue 'Te futuco... num futuca' premières at huge Teatro Paramount on Friday. This sort of lavish production had its use-by-date almost expired. In a couple of years it would be relegated to ever smaller theatres and it would die before it reached the 1980s.
30 March 1960 - 'O negócio está em pé' is a pun for 'business is doing fine' or 'I've got a stiffy'.
12 May 1960 - popular Carioca comedian Vagareza plays 'Mulheres me afobei?' a 'sexyonal' revue at Teatro Natal. with a huge cast with dancers, show-girls and actors; at Teatro das Bandeiras (Aluminium Theatre) 'E agora? Tudo de fora'... which is a pun for 'now everyone strips bare' or 'every male show his dick'. 
23 October 1960 - 'Tem rififi no rufufu' - this is non-sense language but everyone knew it actually meant puns for male & female genitalia. This ain't no Walter Pinto but it's funny. 
15 January 1961 -  'É xique xique no pixoxó'... as the add above it, both non-sense words actually stand for the male & female genitalia. 
15 July 1962 - God only knows what 'borogodó' really means! 'É no borogodó'... meaning 'it is at (or in) the borogodó' that could mean anything like the male genitals or some other mysterious place as the female genital... it could also means the arse... 
4 July 1965 - Even as late as 1965, Teatro Natal would present 'Lilili no Lólóló' a non-sense title that could mean only one thing: the male genital on either the female genitalia or the arse.

REI MOMO  /  KING MOMUS

Momus was in Greek mythology the personification of satire and mockery. During the Renaissance, several works used him as a mouthpiece for their criticism of tyranny, while others later made him a critic of contemporary society. Onstage he finally became the figure of harmless fun

In Brazil, King Momus appeared circa 1933, as a major figure in the celebrations of Carnaval. He was always a fat white man with an androgynous face.  

Rei Momo would open dancing balls or radio programmes and was usually cheered by the crowds as a monarch. Everybody loved Rei Momo. As Wikipedia says in the first paragraph: Momo was the figure of harmless fun... very differently from his portrayal by evangelical fanaticals: God of mockery, sarcasm, delirium, irreverence and derision.

Here are some photographs of Nelson Nobre and especially of Abrahão Reis who personified the gracious King Momus in the 1950s & 1960s. 
Rei Momo era uma figura simpática que começava seu reinado assim que passava o Natal, tendo seu apogeu nos 3 dias de Carnaval. O Rei Momo era escolhido através de um processo que nunca entendi direito. Precisaríamos de pesquisa profunda nesse sentido.
Abrahão Reis foi o Rei Momo mais popular dos anos 50 e 60. Sua face era tão conhecida, que n'outro dia, caminhando pela Rua da Abolição, na Bela Vista, em São Paulo, me surpreendi com um graffitti que foi, óbviamente, copiado de alguma foto desse Rei Momo em particular.
essa é a figura clássica do Rei Momo dos anos 50 e 60... a face de Abrahão Reis.

Nelson Nobre reinou em 1951, 1952, 1953, 1954, 1955, 1956 e 1957.

Abrahão Reis reinou em 1958, 1959, 1960, 1961 até 1971.

Rei Momo (Nelson Nobre) na capa de Manchete de Março 1957, o último ano de seu reinado.
Rei Momo (Nobre) na capa de Radiolândia; Wilza Carla, a morena da direita, beija o Rei Momo (Nelson Nobre) patrocinados por Coca Cola...

CARMEN MIRANDA visits NIPPER... in 1934 at 'O Malho'

Carmen Miranda estourou com 'Tahí' em 1930, gravado para a RCA Victor, posa com o famoso cachorro Nipper; Carmen doing what she like best: antics! The photo was dedicated to 'O Globo' a Rio de Janeiro daily.
Carmen in Petrópolis offers the photo to Marinho (Mario Cunha) her sweetheart from Rio's upper class. Needless to say their romance came to nothing due to his family's objections about her being a poor Portuguese migrant with no class at all.
Breno Ferreira, Carmen Miranda & Josué de Barros.
Chico Alves, Gastão Formenti, Carmen Miranda, Breno Ferreira & Lamartine Babo.
Rio de Janeiro, 19 Fevereiro 1935.
Cesar Ladeira, Almirante e Carmen Miranda nos estudios da P.R.A. 9 - Radio Mayrink Veiga, a mais popular do Rio e do Brasil. E não pensem que Almirante com esse gesto está expressando falta de dinheiro. Elle, Carmen e Cesar são dos mais bem pagos no Radio. 
Elegante, com muita bossa - Carmen Miranda é a maior 'bilheteria' do Radio no Brasil, embora não se tenha que comprar 'bilhete' para se ouvir rádio.

CARMEN  AT  'O MALHO'  in 1934

Weekly magazine 'O Malho' journalist Francisco Galvão visits singer Carmen Miranda at her home next to Santa Thereza, in Rio de Janeiro. He talks to her about her recent travels to Pernambuco, Bahia, Argentina and her incursions into the slums of Rio de Janeiro to listen to what some in the upper classes would call 'Negroid music'. 

Carmen is open about everything including her recent visit to Morro do Salgueiro to listen to Black men like Boruca and Gargalhada sing their latest samba songs. Mr. Galvão asks Carmen whether she wasn't afraid to go up to shanty towns. She retorts saying those maligned people are humble and hard working people who congregate on Saturdays to sing & make up rhyme... just like the birds'. 

pequena que realizou o milagre que HitlerMussolini Roosevelt se esforçam por conseguir: ser popular exercendo uma dictadura – a dictadura do samba.

O cartaz na intimidadeCarmen
por Francisco Galvão para 'O Malho5 April 1934.

Carmen Miranda! A cidade acclama o seu nome, dos subúrbios mais distantes aos bairros mais nobres. Em toda a parte. Quando canta, no radio, os ‘escuchas’, não querem outra vida, só rodam o número da estação, quando ella sahe do microphone.   

Eu creio mesmo que há um passaro escondido na sua garganta. Porque, elástica, cheia de nervos, com aquella garganta maravilhosa, a rainha dos sambas, ‘abafa a banca’ se se faz ouvir em qualquer coisa de seu repertorio: seja no ‘Tão grande... e tão bobo’, como no ‘Sahe poeira do chão’.

Entrevistal-a, muita gente tem feito. Há phrases inteiras que ella jámais proferiu. Mas ninguém pegou ainda de geito, a alma de Carmen, que é uma creança grande, segurou a sua sensibilidade, estranhamente perturbadora, para mostrar ao publico. Seria preciso conviver um pouco naquella casa magnifica, bem perto de Santa Thereza, onde ella vive com sua família, rodeada de arvores, entre gansos e pássaros, para se comprehender, a rigor,  a alma da artista que afinal chegou a ser um ídolo do publico.

Ao subir a ladeira enorme, que me levaria, pela primeira vez, ‘chez’ Carmen Miranda, imaginei, para logo, conseguir da artista alguma coisa de emotivo e de novo.

No jardim, estendida preguiçosamente numa rêde de tucum, a artista embalava-se, quando chegamos, acariciando a cabeça de um cão negro que trazia meiguices profundas nos olhos dormentes.

Era verão. As folhas boliam com indolência, e a gente respirava um ar puro no seu studio, onde bonecas japonezas sorriam e Budhas authenticos, gordíssimos, sonhavam nos ‘étagères’.

Moveis  modernos e raros, encommendados ao capricho esthetico da dictadora do SambaAurora Miranda, convalescente, ali estava com aquelles seus olhos parados, como dois igapós amazônicos.

- Carmen, conte-me a sua impressão de viagem.

- Consegui-a, viajando para o Norte, conhecendo o Brasil das jangadas, dos feitiços, dos reisados, das mandingas, dos paes de santos. Acredita que eu trouxe de Pernambuco uma impressão duradoura, eterna. Cidade linda, com aquella praia bonita da Boa Viagem, que copia acintosamente Copacabana; as pontes metallicas, onde a gente passa e vê os saveiros, com os mastaréus, molhados, tantos com o perfume das vagas.  

BrumCasa AmarellaOlinda com aquelle cheiro do passado, com os sinos batendo emotivos.

Você não pode imaginar como eu gostei do Recife!

-  E da Bahia?

- Ah, meu caro, a Bahia do Senhor do Bomfim, é um encanto. Gente boa, como a de Pernambuco. Olhe, eu continuo a pensar que o Brasil, o Brasil mesmo, esse Brasil que arranca, nas caatingas, em cima de um potro bravo e se perde no infinito, nas vaquejadas; e se joga, às cégas, sem bussola, guiando-se pellas marés e pellas estrellas, numa jangada, enraivecendo o mar, está ali bem fixo. 


- Gosta assim de viajar?

- Penso como João do Rio, a viagem é o único prazer que os deuses deixaram, por esquecimento, na terra. A gente viajando, no deck de um transatlântico, vendo cidades novas, olhando o mar longínquo, não muda apenas, de clima, muda também de alma.

Porque, longe do borburinho das metrópoles, em cima de um tombadilho, a alma da gente como se sente mais socegada, muito mais humana, muito mais doce.

- Qual foi a sua impressão da Argentina?

- Magnifica. Buenos Aires é linda. Cantei lá, como você sabe, com êxito.

A platéa  platina é fina e culta. Sabe afferir dos valores. Ou os consagra na estréa, ou os néga. Vae assistir um espectaculo para julgar o mérito do artista.

- E qual é a sua opinião de nossa platéa?

- A nossa é de uma camaradagem absoluta. Acredito que não haja no mundo inteiro uma platéa tão indulgente. Não há quem desencoraje uma artista, com medo de magoal-a. Gente boa, a nossa!

- Conte-nos da sua temporada de Carnaval no Gloria.

- Fui felicíssima. O meu publico compareceu na exacta. Apenas senti a falta da presença de Aurora, que foi victma, como todo o mundo sabe, de um accidente marítimo.  Mas o meu publico, a ‘minha gente’ é tão amável que me perdoou a falta de minha irmã. Com o Bando da Lua, e o (João) Petra de Barros, tivemos noites e tardes memoráveis.

Alegre como um raio de sol; sonora, como um guizo, como uma pandeireta agitada por uma ‘maja’ formosa.

- Por que você prefere o samba no seu repertório?

- Naturalmente porque encontro, nelle, a musica da nossa gente simples e boa. Dor e saudade de um povo. O malandro põe no samba, sua própria alma, toda a sua emoção.

Outro dia, seguindo o seu alvitre, subi o morro. Uma noite linda, como se as estrellas fossem lyrios que se despetalassem no alto.

Céo que era uma maravilha de estrellas.

Subi as ladeiras escorregadias do Salgueiro, fui andando até assistir a batucada e a roda de samba. Lá encontrei o Boruca e o Gargalhada, dois sambistas de fama. A Escola Azul e Branco, dando a nota.

Que poeta esse Gargalhada, ouça: ‘Eu venho derramando lágrimas, não posso resistir esta separação, quero chorar e não posso, tenho remorso, porque eu não tenho razão.

- E, afinal, que me diz do Morroteve medo?

- De que? Ali mora uma gente laboriosa e humilde que se diverte aos sabbados, cantando e fazendo versos. Como os pássaros.

Embora não seja ‘peca’, estando assim com ‘os caminhos abertos’, porque o ‘meu Santo é bom e forte’, subi, sem o menor temor.

Os bambas ali hoje em dia, são bem outros: não rasgam mais cartas de valentes, vêm, para a praça Onze, cantar os seus sambas magníficos, durante o Carnaval.


Assim falou S.M., a rainha do Samba, sem saber que estava sendo entrevistada.   

'O Malho' 24 May 1934.
'Na batucada da vida' written by Ary Barroso & Luiz Peixoto.
daily 'Folha da Manhã' 19 January 1937 
daily 'Correiro Paulistano' 18 January 1938.
Dorival Caymmi ao lado de Carmen Miranda, que brilhava nas ondas da Radio Mayrink Veiga, em 1939, poucos dias antes de embarcar para os USA. A figura de Assis Valente, à direita foi cortada da foto. 
The Streets of Paris - a Shubert musical revue staged on Broadhurst Theatre in New York in 1939.
Carmen e o Bando da Lua nos USA.
Carmen chega ao Rio em 1940, vinda de New York. 
Mesmo dia era tudo alegria até a apresentação de Carmen no show beneficente no Cassino da Urca patrocinado por Darcy Vargas.

Charge critica Carmen por ter 'perdido o rítmo'. Na verdade os brasileiros não gostaram de se verem retratados pelo cinema norte-americano. Ou seja, os brasileiros não sabiam que eram vistos como 'inferiores' pelos 'irmãos do norte', e ao invés de fazerem uma auto-crítica de sua relação com o 'patrão', investiram impiedosamente contra Carmen, achou que todo o ódio era contra sua pessoa. Os brasileiros, ou seus representantes na Imprensa, queriam tapar-o-sol-com-a-peneira, identificando-se com o opressor, esquecendo-se que ele é o oprimido. Elementar, meu caro Watson, but so hard to see!


while Miranda worked in 1942's 'Springtime in the Rockies'; Zé Carioca, Vadico, Nestor Amaral, Miranda, Afonso, Stenio & Aloysio.


MEU ENCONTRO COM CARMEN MIRANDA
"Revista Carioca" - Rio, 12 de maio de 1949
por Barbara Norton
HOLLLYWOOD - Esta reportagem é a verdade sôbre Carmen Miranda. Foi o resumo das muitas horas que passei em sua residência em Beverly Hills onde tive a oportunidade de observá-la de perto na intimidade da sua casa entre os seres que lhe são queridos e posso dizer: Como Carmen, só Carmen!... Assim pensam os seus amigos do Brasil, os inúmeros amigos que a procuram e que ela recebe com o maior carinho. Vi sôbre a sua secretária cartas de brasileiros em viagem aos Estados Unidos, solicitando-lhe entrevistas com semanas de antecedência. Ninguém vem a Hollywood sem procurá-la. A sua piscina é famosa bem como os seus suculentos almoços aos domingos onde pratos tipicamente brasileiros são servidos para regalo de todos os seus amigos brasileiros que lá se encontram. Vi gente simpática como o casal Afonso Portugal, o poeta Vinicius de Morais e muitos outros. Porque a verdade é que Carmen venceu definitivamente na terra do cinema. A sua popularidade é enorme. Os seus turbantes são copiados e uma verdadeira febre espalhou-se por ocasião do seu lançamento nos Estados Unidos, quando vitrinas ostentavam manequins Carmen Miranda.
Mas Carmen conserva-se tal como é; o sucesso não lhe subiu à cabeça como acontece a muitas provincianas que conhecemos por aqui... Sua vida é simples e saudável pois
Carmen adora passar a maior parte do tempo ao ar livre. Levanta-se cedo para as filmagens e nas suas férias vai para Palm Springs. Uma vez ou outra um night-club. Hollywood não é o que muita gente pensa, diz ela, uma cidade de vida aira e antes uma cidade de trabalho. As estrelas humanizaram-se e fora da tela vivem para o lar e para os filhos. Não todos, é claro, mas a maioria... Uma ou outra leva uma vida mais fútil, mas isto de mulheres fúteis o mundo está cheio delas... Carmen adora o Rio e para ela Copacabana ainda é a mais linda praia do mundo... Seus artistas prediletos são: Greta Garbo - para ela Greta Garbo é a escola do cinema - Ingrid Bergman, Bette Davis, Van Johnson, James Mason.
Voltamos a falar sôbre o Rio novamente. Quanta coisa a recordar... Pergunto a Carmen como se sente agora, que atingiu quase tudo quanto poderia almejar, e ela responde devagar, com uma expressão sonhadora nos olhos quase sempre travessos: "Às vezes tenho saudade dos anos duros de luta quando eu sonhava ter o mundo nas mãos..." E Carmen fica olhando o passado e a gente que ela tem saudade mesmo... Assim é a Carmen que eu conheci em Hollywood. Os que não a conhecem realmente e tentam escrever sobre ela deviam aprender a conhecê-la melhor e talvez se tornassem menos invejosos e mais amigos da verdade.

Contribuiu com a matéria para este site: Douglas H.B. Vives
dançando num night-club dando as costas a Michele Morgan.
Carmen takes a shower in her house in Beverly Hills grooming her long hair...
Carmen at home after a grueling day...
Carmen signs a few autographs at a function to raise money for the US efforts at WWII.

Carmen poses for Chicago's WGN; and at the NBC microphone...
New York's Sunday News - 28 February 1943.
back in the U.S.A. in 1943.
Carmen stops for a smoke in Stockholm, Sweden in 1953.
Kolynos es la mejor crema dental...
Carmen embraces Aracy de Almeida on her arrival at the São Paulo International Airport in 1954.