M A U R I C Y M O U R A
Mauricy Moura nasceu em 3 de janeiro de 1926, em São Vicente-SP. Conhecido desde pequeno pelo apelido de Cicica, dado por sua própria mãe, Georgina, exímia pianista.
Dona Georgina, percebendo o talento do filho que já tocava violão desde pequeno, formou o Conjunto Calunga, um regional infantil com ele e seu irmão Maurício, mais Gentil da Silva, Edésio no pandeiro e Jarina Resende como cantora solista, que depois de atingir a maioridade, tornou-se a primeira Rainha do Carnaval Santista. - e posteriormente Avelino e Rachel Tomaz.
Georgina, muito exigente musicalmente e não permitia falhas no conjunto, sendo muito rígida nos ensaios. Lá da cozinha, se ouvisse um acorde errado, gritava chamando a atenção dos meninos.
Georgina conseguiu autorização do juiz-de-menores para se apresentarem no antigo Cassino da Ilha Porchat. Como eram crianças, Georgina confiava a guarda dos meninos ao sr. Evaristo, pai dos irmãos Cotuba, muito conhecidos em São Vicente. E era Evaristo quem levava o conjunto para todos os lados, inclusive à São Paulo, onde cantavam na Radio Piratininga.
Dona Georgina, percebendo o talento do filho que já tocava violão desde pequeno, formou o Conjunto Calunga, um regional infantil com ele e seu irmão Maurício, mais Gentil da Silva, Edésio no pandeiro e Jarina Resende como cantora solista, que depois de atingir a maioridade, tornou-se a primeira Rainha do Carnaval Santista. - e posteriormente Avelino e Rachel Tomaz.
Georgina, muito exigente musicalmente e não permitia falhas no conjunto, sendo muito rígida nos ensaios. Lá da cozinha, se ouvisse um acorde errado, gritava chamando a atenção dos meninos.
Georgina conseguiu autorização do juiz-de-menores para se apresentarem no antigo Cassino da Ilha Porchat. Como eram crianças, Georgina confiava a guarda dos meninos ao sr. Evaristo, pai dos irmãos Cotuba, muito conhecidos em São Vicente. E era Evaristo quem levava o conjunto para todos os lados, inclusive à São Paulo, onde cantavam na Radio Piratininga.
Na noite de 7 de outubro de 1938, acompanhados de Edison Teles de Azevedo, correspondente de ‘A Tribuna’ em São Vicente, visitaram a redação deste jornal os membros do conjunto infantil Calunga, ou seja, os irmãos Mauricio e Mauricy Moura - violões; os irmãos Avelino Tomás - pandeiro e Raquel Avelino - cantora, além de Gentil Silva - cavaquinho. O grupo infantil executou varias peças musicais no Salão Nobre de 'A Tribuna'. Fonte: Jornal 'A Tribuna de Santos' 29 Fevereiro 1976.
Em 1948, com a dissolução do conjunto, Cicica ingressou na Rádio Atlântica de Santos, onde já havia, em criança, participado do famoso “Programa de Dª. Dindinha Sinhá” e daí, levado pelas mãos de Sylvio Caldas, em 1950, foi para São Paulo, para fazer parte do “cast” da Rádio Excelsior, juntando-se a Francisco Egydio, Sólon Sales, Oscar Ferreira, Cauby Peixoto, Roberto Luna e Homero Marques - outro da Baixada Santista.
Transferiu-se para Radio Record [A maior], ganhando um programa exclusivo, conquistando o troféu “Roquete Pinto” como revelação de 1950.
Em 1952, grava seu primeiro 78rpm, na Sinter, interpretando os sambas-canções "Maria da Piedade" e "Não digas nada". Teve também passagens pela Continental, Polydor, Chantecler e RGE.
Coube ao cantor vicentino Mauricy Moura o privilégio de gravar, pela primeira vez, uma música do maestro Antonio Carlos Jobim. Trata-se da composição "Incerteza" - Tom Jobim - Newton Mendonça, em 1953.
Em 1956, "Cicica" fez uma temporada na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte-MG.
Filósofo por natureza tinha, paradoxalmente, na sua aparente irresponsabilidade a sua grande responsabilidade: jamais quis contrair compromisso mais sério com o amor, mas sim com a noite, com quem se acasalava nas suas serestas românticas. Mauricy era a noite, era o canto, era a boemia pura revestida de arte, era o descompromisso com a vida com a qual estava sempre de braços dados.
Mauricy era uma pessoa que não dependia de dinheiro: desprezava-o. Ele e seu próprio valor eram medidos pela presença sempre útil, valiosa e concentradora em qualquer ambiente que freqüentasse.
Mauricy Moura recebe o trofeu 'Chico Viola' 1962 por 'Decisão cruel', seu maior sucesso em discos. A capa é do compacto-simples 'Diz que fui por aí' acoplado por 'Flôr de maçã'.
Profissional e promocionalmente, não era muito divulgado, pelo seu desapego às coisas materiais, não havia dentro da noite paulistana quem o desconhecesse, tal a voz marcante que ao ser entoada o silêncio se impunha e o barulho desaparecia. Era o respeito a um canto inigualável.
Outra peculiaridade de Mauricy era que não portava documentos de espécie alguma: ele era a sua própria identificação; sua própria personalidade.
Como cantor possuía todos os dotes que alguém necessita para ser completo: grave, agudo e nuances vocais irrepreensíveis. Dava às canções que interpretava uma forma totalmente pessoal e era considerado o mais completo seresteiro do Brasil.
Não se casou, não deixou descendente. Morreu aos 51 anos, no Hospital Santa Verônica em São Paulo, a 23 Agosto 1977, foi sepultado no dia seguinte, campa nª 426 -V – Q.18, no Cemitério de São Vicente, no mesmo túmulo onde repousam seus pais e o irmão Mauricio. Trechos da biografia retirados de artigo de Mario Santos.
Não se casou, não deixou descendente. Morreu aos 51 anos, no Hospital Santa Verônica em São Paulo, a 23 Agosto 1977, foi sepultado no dia seguinte, campa nª 426 -V – Q.18, no Cemitério de São Vicente, no mesmo túmulo onde repousam seus pais e o irmão Mauricio. Trechos da biografia retirados de artigo de Mario Santos.
Mauricy Moura at magazine 'Carioca' in 1950.
LP 'Coquetel da Vida' - Mauricy Moura - 1963 - Chantecler.
Em "Coquetel da vida" [1963], primeiro LP de Mauricy Moura, pela Chantecler, ele regrava "Chão de estrelas", duas composições do mestre Ataulpho Alves ("Meus tempos de criança" e "Infidelidade"), "Tarde de maio" (outro sucesso de Sylvio Caldas), "Quem há de dizer" (de Lupicínio Rodrigues), "Irmã da saudade" (lançado por Leila Silva em 1960) e revive "Maria da Piedade", música de Evaldo Ruy com a qual estreou em disco onze anos antes.
A faixa-título, "Coquetel da vida", e "Irmã da saudade" têm a parceria do grande João Pacífico, mais conhecido por suas composições sertanejas. Tem também mais Lupicínio, com a famosa 'Paciência', sub-entitulada "Vou brigar com ela", que o próprio Mauricy tinha lançado 2 anos antes em 78rpm e seria mais tarde muito regravada.
Quatro outras músicas, então inéditas, "Amores ocultos", "Flor de maçã", "Canção de uma tarde de chuva" e "O segredo e a saudade", completam este admirável coquetel do grande Mauricy Moura.
Ele só gravaria mais um LP em 1965, pela Continental, "Roteiro noturno", e três anos mais tarde um compacto simples pela RGE, com as músicas "Amor de trapo e farrapo" e o clássico "Volta por cima", ambas de Paulo Vanzolini, também faixas do LP "Onze sambas e uma capoeira", dedicado à obra de Vanzolini e produzido pelo publicitário Marcus Pereira.
1. Coquetel da vida – Portinho / João Pacífico
2. Irmã da saudade – Portinho / João Pacífico
3. Amores ocultos – Jorge Duarte / Sergio Morais
4. Flor de maçã – Denis Brean / Osvaldo Guilherme
5. Canção de uma tarde de chuva – Djalma Avezzani
6. O segredo e a saudade – Élcio Álvarez / Maria de Souza
Lado B
1. Meus tempos de criança – Ataulpho Alves
2. Quem há de dizer – Lupicínio Rodrigues / Alcides Gonçalves
3. Infidelidade – Ataulpho Alves / Américo Seixas
4. Chão de estrêlas – Sylvio Caldas / Orestes Barbosa
5. Tarde de maio – Alberto Ribeiro / Osvaldo Sá
6. Maria da Piedade – Evaldo Ruy
7. Paciência (Vou brigar com ela) – Lupicínio Rodrigues
orquestra Chantecler regida por Élcio Álvarez.
'Roteiro Noturno' - Mauricy Moura - 1964 - Continental PPL 12177
Mauricy Moura – voz, violão
Arranjos: Hermeto Pascoal
Hermeto Pascoal – piano e flauta
Conjunto Hermeto
Foi o primeiro disco de Hermeto realizado em SP.
Lado A
1 – Taberna - Wilson Batista-Cícero Nunes
2 – Homenagem - Lupicínio Rodrigues
3 – Nos braços de Isabel - Sylvio Caldas-José Judice
4 – Somos iguais - Evaldo Gouveia-Jair Amorim
5 – Castigo - Dolores Duran
6 – Arranha-céu - Sylvio Caldas-Orestes Barbosa
Lado B
1 – Nunca - Lupicínio Rodrigues
2 – Rugas - Nelson Cavaquinho-A. Garcez-Ari Monteiro
3 – Você voltou - Nelson Cavaquinho-A. Garcez-Ari Monteiro
4 – Mulata - Duda
5 – Meus vinte anos - Wilson Baptista-Sylvio Caldas
6 – Chão de estrêlas - Sylvio Caldas-Orestes Barbosa
'Hino ao amor' com Mauricy Moura foi incluida no 10" 'Campeões da Popularidade' LPN-2.014 da Polydor em 1968.
1 – Rosa Pardini – Nunca mais (Lalo Guerrero / Versão: Nelson Ferreira)
2 – Mauricy Moura – Hino ao amor / Himme a l’amour (Edith Piaf-Margueritte Mannot ; v Cauby de Brito)
3 – Carlos Augusto – Como é bom recordar / Memories are made of this (T. Gilkyson – R. Dehr – F. Miller; v.: Cauby de Brito)
4 – Carmen Déa - Mambo bacan, mambo (Franco Giordano – Roman Vatro / Versão: Juracy Mendes)
1 – Agostinho dos Santos – Falam meus olhos (Fernando Cesar – Nazareno de Brito)
2 – Arnaldo Rey – A luz do luar / Moonglow (W. Hudson – E. de Lange – J. Mills / v.: Cauby de Brito)
3 – Wilson Roberto – Arrivederci Roma (R. Rascel – Garinei – Giovannini / Versão: Júlio Nagib)
4 – Mario Gil – Espenita (Nico Jimenez – Serafim Costa Almeida)
1 – Rosa Pardini – Nunca mais (Lalo Guerrero / Versão: Nelson Ferreira)
2 – Mauricy Moura – Hino ao amor / Himme a l’amour (Edith Piaf-Margueritte Mannot ; v Cauby de Brito)
3 – Carlos Augusto – Como é bom recordar / Memories are made of this (T. Gilkyson – R. Dehr – F. Miller; v.: Cauby de Brito)
4 – Carmen Déa - Mambo bacan, mambo (Franco Giordano – Roman Vatro / Versão: Juracy Mendes)
1 – Agostinho dos Santos – Falam meus olhos (Fernando Cesar – Nazareno de Brito)
2 – Arnaldo Rey – A luz do luar / Moonglow (W. Hudson – E. de Lange – J. Mills / v.: Cauby de Brito)
3 – Wilson Roberto – Arrivederci Roma (R. Rascel – Garinei – Giovannini / Versão: Júlio Nagib)
4 – Mario Gil – Espenita (Nico Jimenez – Serafim Costa Almeida)
Efetuada a re-postagem do Lp = Mauricy Moura - Roteiro Noturno - (1964) - no dia de hoje = 29/12/2013 = no blogger = http://baudelongplaying.com/ =
ReplyDeleteCarlão