Sunday, July 8, 2012

Marion 1924-2009 / Dalva de Oliveira 1951/ Emilinha Borba

Marion na capa da Carioca de 8 Dezembro 1949.
Marion na Carioca de 2 Fevereiro 1946.

Ao apagar as luzes de 1945 e a figura de Marion - a jovem cantora da Radio Nacional conta sua historia a Mario Flores, em entrevista feita em 31 de dezembro de 1945.

Marion, essa garota interessante que atua na Radio Nacional em agadáveis programs de musica regional. Seu nome verdadeiro é Penha Marion Ozorio Masseran.

Nasceu a 8 Setembro 1924, em São Paulo. Filha de Floriano Peixoto Masseran e Maria Antonietta Ozorio Masseran. Os avós paternos de Marion eram francêses e os maternos portuguêses. Seu pai era violinista da Radio Educadora de São Paulo, nos bons tempos.

Fez seus estudos em vários grupos da capital paulista, sendo o final no Externato São José. Marion dedicou-se ao canto regional e teve como professora a antiga cantora Sonia Carvalho, cunhada do locutor Celso Guimarães. Estreou em programas infantis e pouco tempo depois passou para os programas noturnos, sempre como amadora.

Assis Valente levou-a ao Guarujá, tornando-se, desde então, verdadeira profissional. Nessa temporada foi a interprete das musicas daquele aluado compositor musical e protético.

Um dia, resolveu visitar os pais no Rio de Janeiro, já que em São Paulo residia com os avós. A essa altura, sua personalidade de mulher despontava certo vulto perante o conceito dos homens. Era, antes de tudo, uma artista que desejava romper com o pré-estabalecido nos meios radiofônicos. Fêz um teste para um night-club e foi aprovada sem mais preâmbulos.

Abriu as portas da Radio Tamoyo e aí permaneceu tempo, levando por todos os rincões brasileiros a doçura de sua voz moça e fresca. Venceu, por sua personalidade, as 'muralhas chinesas' da Radio Nacional, onde hoje se encontra.
Marion tem o nome de Penha por ter nascido no dia dessa santa. É solteira e não tem ninguem na fila. Da musica clássica admira Chopin. Dos nossos compositores regionais gosta muito de Ary Barroso, Valzinho, Arivaldo Martins, Ataulpho Alves, Haroldo BarbosaOscar Velande.

Das cantoras é fã de Carmen Miranda, Emilinha Borba, Dalva de OliveiraIsaurinha Garcia.

Vai à praia nadar ou para jogar ping-pong. As vezes pratica natação. Diariamente, em sua ida e volta ao night-club é acompanhada por sua progenitora. Ela é apologista da legenda, 'deixa estar como está para ver como fica'... Gostaria de ser aviadora, mas 'cadê coragem'?

M A R I O N 

* 8 Setembro 1924  + 18 Maio 2009 in Rio de Janeiro.

A cantora e atriz Marion Penha Marion Pereira, aos 8 anos de idade, participou do programa infantil da cantora Sônia Carvalho, na Rádio Educadora Paulista, e, três anos depois, cantou pela primeira vez em um auditório.

Em 1938, passou Marion a apresentar-se no programa "Tia Chiquinha", na Rádio Tupi de São Paulo.

Mais tarde, o compositor Assis Valente convidou-a para cantar suas composições na boite Guarujá, onde ele atuava. Com o sucesso de suas apresentações, numa viagem ao Rio de Janeiro-DF, Jaime Redondo, diretor artístico dos Cassinos Icaraí em Niterói e da Urca, contratou-a por 4 anos.

Em 1943, Marion assinou contrato com a Rádio Tamoyo e em 1944, Moacyr Fenelon convidou-a para tomar parte em "Tristezas não pagam dívidas", de José Carlos Burle e J. Rui. No mesmo ano Marion foi para a Rádio Nacional, ali permanecendo até 1947, quando seguiu para Buenos Aires, como vedete do Teatro Maipo, apresentando-se durante 5 meses.

Sua primeira gravação foi "Doce Veneno" de Valzinho, Carlos Lentine e Esperidião Machado Goulart, pela Continental.

Marion apareceu em vários filmes da Atlântida, cantando e imitando Carmen Miranda, entre os quais "Segura esta mulher" (1946), "Este mundo é um pandeiro" (1947), "Carnaval no fogo" (1950), " É fogo na roupa"
(1952), todos de Watson Macedo;  "Tira a mão daí" (1956), de J. Rui, e "Garota Enxuta" (1959), de JB Tanko.

Marion morreu em 18 Maio 2009, aos 88 anos. Ficou internada uma semana em um hospital particular em Duque de Caxias e foi vítima de falência múltipla dos órgãos. O corpo foi velado na Capela do Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, onde ela morava desde 2001.


Mafra, Jorge Veiga, Bidú Reis & Marion at Radio Nacional.
Never too old to play with dolls... Bidu Reis and Marion enjoy themselves greatly. 
Marion in 1946 just being gorgeous...
Marion at Revista do Radio in 1951.

DALVA DE OLIVEIRA is voted Rainha do Radio in 1951

Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Marlene e Rei Momo em Carioca de 25 Janeiro 1951.
reportagem com Dalva de Oliveira num pré-Carnavalesco da Radio Nacional. Dalva era forte concorrente ao título de 'Rainha do Rádio' de 1951. 

Será Dalva de Oliveira a Rainha?

Há um grande alvoroço no meio radiofônico. Cada emissora apresenta ao público sua candidata à Rainha do Radio de 1951 e fica 'torcendo' por sua vitória. Porém só poderá haver uma rainha. A nossa reportagem subiu à Radio Nacional em busca de Dalva de Oliveira, sua candidata oficial. Encontramos um auditório super-lotado e um ambiente francamente carnavalesco fazendo-nos crer que se tratava de um 'grito de carnaval'. 

Nosso objetivo era revestir esta reportagem de certa seriedade, mas não contávamos com a situação que se nos apresentou. Como ficar passível diante do felizardo Rei Momo, que rodeado por Dalva, Emilinha e Marlene sorria triunfalmente? Como resistir ao contágio de centenas de pessoas delirantes de febre carnavalesca, vendo ainda, o desafio lançado por Paulo Gracindo e Manoel Barcelos? Decididamente estamos com sorte, pois matamos vários coelhos com uma só cajadada. 

Aproveitando uma folguinha, segurei Dalva de Oliveira por um braço e arrastei-a para um lugar mais tranqüilo. Conseguindo meu intento, percebi incontinente que Dalva é de uma simplicidade encantadora, nada tendo de afetada, sendo inteiramente isenta de pedantismo. Sorriu-me como se fossemos velhas amigas e fiz-lhe então a primeira pergunta:

- Dalva, diga para os seus fãs o que pensa dêles.

São maravilhosos! Diga-lhes pela revista 'Carioca' que só lamento não poder testemunhar de um modo mais concreto tôda minha gratidão para com eles. Foram meus maiores amigos na hora mais dificil de minha vida e acolheram-me com verdadeira ternura. Não tenho palavras com que externar todos meus sentimentos, mas diga-lhes que continuo a precisar de seu precioso apôio e confio em que me farão a 'Rainha do Rádio'.

- Quais os nomes das gravações que você fez com o Francisco Alves?

- 'Valsa da despedida' [Auld Lang Syne], 'Dois corações', 'Malagueña', 'Verão do Havaí'  e outras. 

- Quais das suas gravações a que mais gosta e qual foi a primeira?

Sozinha, gravei primeiro 'Tudo acabado', de que muito gosto, assim como: 'Errei sim', 'Que será?', 'Segrêdo' etc. 

- Diga-nos agora de que é que você mais gosta na vida?

De minha mãezinha e meus filhos - respondeu com ternura na voz - e, depois, de minha arte e meus fãs.

Estava bom o bate-papo, mas a nossa entrevistada precisava voltar ao palco para seu número de Carnaval. Acompanhamo-la para novas chapas e o auditório a queria mais perto. Resolvemos então, fotografá-la entre os ansiosos fãs.

Pelo que nos foi dado assistir, Dalva de Oliveira goza de uma situação previlegiada e temos razão para afirmar que não lhe será difícil a vitória, se realmente seus fãs forem sinceros na demonstração de preferência.

Particularmente, notei em Dalva uma grande mágoa íntima. Senti que seu espírito pairava muito acima dda exuberante alegria ambiente. 

Revista Carioca - 25 Janeiro 1951.
reportagem: Lysa Castro
fotos: Domingos Pereira
no final, Dalva de Oliveira conseguiu seu intento e se tornou Rainha do Radio de 1951. 

Discos mais vendidos em Janeiro 1951 pela revista Carioca

1.  Delicado - Waldyr Azevedo
2.  Mambo jambo - Perez Prado
3.  Dance comigo - E. Prud' Homme
4.  Tomara que chôva - Emilinha Borba
5.  With a song in my heart - Doris Day

6.  Vanidad - Gregorio Barrios
7.  Abrazame asi - Gregorio Barrios
8.  Ela - G. Pereira
9.  Terceiro Homem - Victor Young
10. Boogie woogie - Tommy Dorsey
magazine 'Show-TV' October 1958.

EMILINHA BORBA on the cover of 'Revista do Rádio'

If there were a research made to know which Brazilian act has appeared on the cover of Revista do Rádio the most, it would most likely to be Emilinha Borba. These are the issues of Revista do Radio that I have at home. 

We have included some magazines with Marlene on the cover just to be sure we'll not be called biased. Marlene was Emilinha's arch rival but it was only a make-believe ruse to make fans go crazy about them. Dirty tricks. 

Emilinha by herself or with Martha Rocha, Miss Brazil 1954

Miloca with Cesar de Alencar - Miloca with Doris Monteiro 
Emilinha says Merry Christmas to RR's fans - Miloca's been ripped out of the cover.
no. 381 - no. 336.
Emilinha's birthday cake - Miloca's dear step-son 
Miloca shows off ther wardrobe
Marlene's always been exuberant - Marlene & hubby Luiz Delfino.
Miloca & Ivon Cury 16 June 1956; Angela Maria & Marlene.

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